A edição 47 traz ensaios da autora palestina Adania Shibli e do historiador argentino Federico Finchelstein escritos especialmente para a revista, além de textos de Martín Kohan, Silviano Santiago, Namwali Serpell e muito mais
(Capa: Taysir Batniji)

Edição especial de 15 anos da revista de ensaios do Instituto Moreira Salles traz textos de Alejandro Zambra, Hilton Als e Djaimilia Pereira de Almeida, livro de Roland Barthes ilustrado por Saul Steinberg, e muito mais
(Capa: Saul Steinberg)

Nova edição traz textos de ganhadoras do Concurso de Ensaísmo serrote e ensaios de Silviano Santiago, Aparecida Vilaça, Zora Neale Hurston e Jacqueline Rose, entre outros


Ser agredido por um menino preto e pobre evoca uma questão mais duradoura, estrutural e perniciosa: a defesa dos direitos de “nós negros” serve para mim e para ele?

Nova edição publica ensaio de Evandro Cruz Silva sobre os dilemas da classe média negra brasileira, texto de Natalia Carrillo e Pau Luque a respeito das distinções entre culpa e responsabilidade no engajamento político, e artigo sobre a relação entre Toni Morrison e Angela Davis

Nova edição da revista de ensaios do IMS traz seção especial editada pelo jornalista Jefferson Barbosa, do coletivo Perifa Connection, e colaborações de Alan Pauls, Achille Mbembe, Djaimilia Pereira de Almeda, Stephanie Borges, Jaime Lauriano e muito mais
(Capa: Jaime Lauriano)

Nova edição apresenta ganhadores do 5º Concurso de Ensaísmo e textos de Denise Ferreira da Silva, Mary Gaitskill, Teju Cole, Ricardo Piglia, Margo Glantz, Nadia Urbinati e Claudio Medeiros, entre outros
(Capa: Gustavo Nazareno)

Em 2016, a serrote #23 apresentou dois cadernos com desenhos de Wilma Martins. Em homenagem à artista mineira, morta aos 88 anos, publicamos aqui a íntegra do ensaio visual e do texto de apresentação.

Nova edição apresenta ensaio-manifesto “O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo”, de Djaimilia Pereira de Almeida. A revista traz ainda de textos de Paul Gilroy, Michel Gherman, Henry Louis Gates Jr. e Andrew Curran e muito mais.
(Capa: Guilherme Teixeira)
Esta edição reúne convidados do Festival Serrote 2022: Saidiya Hartman, Fabiana Moraes, Marcos Queiroz e Igor R. Reyner. Traz também um ensaio visual de Cildo Meireles, uma seção especial sobre os 200 anos da independência e muito mais

A nova edição da revista do IMS apresenta os 3 vencedores do Concurso de Ensaísmo. Além disso, Sidney Chalhoub investiga a história do movimento antivacina, Aparecida Vilaça reconstitui a trajetória de um indígena morto pela Covid, Acauam Oliveira questiona um clichê do debate racial, e muito mais.

De Aristóteles a Primo Levi, envergonhar-se pelo outro ou por aquilo em que não estamos envolvidos ajuda a repensar as relações complexas entre indivíduos e comunidades


O fidalgo de O Guarani é o paradigma involuntário do homem branco brasileiro, que vive como ameaça permanente em um país que insiste em dominar e explorar

Na serrote 38, Bruno Paes Manso analisa a influência da lógica miliciana no governo Bolsonaro, Ynaê Lopes dos Santos mostra como o tráfico de escravizados moldou a sociedade brasileira, e Ilana Feldman registra o cotidiano de uma Brasília sitiada pela pandemia, pelo fundamentalismo religioso e pela brutalidade política. E mais: Evandro Cruz Silva busca uma definição de “genocídio”; Stephanie Borges narra um percurso de libertação que passa pela poesia, pelo feminismo negro e pelos cuidados com o cabelo; Coco Fusco discute a decolonização dos museus; Rafael Cardoso resgata o que foi deixado de fora do cânone modernista; Otavio Leonidio investiga a “cidade sem forma” e Eloar Guazzeli apresenta sua cidade imaginária.

Deixar o conhecido, em viagem real ou não, é assumir um ponto de vista crítico sobre viver e estar no mundo, perceber e ser percebido, diz a escritora angolana neste ensaio premiado na segunda edição do Concurso de Ensaísmo serrote, em 2013.
Participe da quarta edição do Concurso de Ensaísmo serrote – inscrições abertas até 1/8/2021

Na serrote 37, o cartunista Claudius Ceccon publica pela primeira vez três desenhos feitos na prisão durante a ditadura. O ganhador do Nobel J. M. Coetzee reflete sobre o impacto da censura no trabalho dos escritores. A historiadora Wlamyra Albuquerque e o sociólogo Serge Katembera discutem o racismo e o identitarismo. A revista traz também ensaios sobre o impacto da pandemia de gripe de 1918 nas obras de Freud e Mário de Andrade.
Há 45 anos, num crepúsculo de novembro, a escritora pedia ajuda para ordenar o caos que daria origem à obra-prima A hora da estrela

Na relação tensa e conflituada com Le Corbusier, João Cabral de Melo Neto depurou os princípios de uma obra fundada na “verdade da forma”.

Depois de a edição impressa de julho ser substituída por uma edição digital gratuita devido à pandemia, a serrote voltou às livrarias em novembro com uma edição dupla, reunindo os números 35 e 36 em um volume de 336 páginas. A revista apresenta os textos dos vencedores do 3oº Concurso de Ensaísmo serrote: Maria Lucas, Evandro Cruz Silva e Raphael Grazziano. E ensaios de Rachel Cusk, Isabel Wilkerson, Thiago Amparo, Ronilso Pacheco, Juliana Borges, W.H. Auden e muito mais.
Download grátis Você pode ler o texto ganhador do concurso, de Maria Lucas, nesta amostra da serrote #35-36 disponível para download gratuito.
A serrote lançou, em julho de 2020, uma edição especial, gratuita e digital, que reflete sobre o momento de exceção que vivemos. A revista apresenta seis ensaios inéditos sobre impactos políticos e sociais da pandemia, três ensaios visuais e a tradução de “O vínculo da vergonha”, clássico do historiador Carlo Ginzburg que fala diretamente ao Brasil de hoje.
Por ocasião do lançamento, foram realizadas duas conversas com autores da edição, transmitidas ao vivo no canal de YouTube do IMS. No dia 8 de julho, às 17h, o convidado foi o historiador argentino Federico Finchelstein, autor de Do fascismo ao populismo na história. E no dia 15 de julho, às 17h, o jornalista Jefferson Barbosa, editor da plataforma PerifaConnection.

Michael Ignatieff parte da autobiografia de Raphel Lemkin para mostrar como um dos heróis secretos do século 20 assemelhava-se a um dos “artistas da fome” de Kafka, “criaturas comoventes e autopunitivas que se apartam do mundo, depredados por uma culpa que não conseguem nomear, que fazem do sofrimento sua razão de viver”.

Do que estamos falando quando falamos de “polarização” na política brasileira? Neste ensaio, publicado em março de 2020, Rodrigo Nunes rastreia as origens do termo no debate político dos EUA e sua distorção no Brasil desde as manifestações de 2013, passando pelo impeachment de Dilma Rousseff e pela eleição de Jair Bolsonaro. O que acontece no país não é uma disputa entre dois polos simétricos, ele avalia: “Foi a direita que mudou o centro de lugar”.
A convicção de que armar a população civil simplesmente atende a interesses de dominação política e social é apenas parte de um dos problemas fundamentais do Brasil de hoje, argumenta Luiz Eduardo Soares num ensaio curto e inquietante publicado na serrote #33. Para o cientista social e antropólogo, especializado em segurança pública, a disseminação de armas desfavorece todas as forças da sociedade, sem exceção.


Nos momentos em que a democracia está sob ataque, um escritor que se cala corre o risco, nada desprezível, de se tornar cúmplice do autoritarismo.

A chave de compreensão de Limite, de Mario Peixoto, está menos na decifração “do que não existe” do que na “forma” e “sentido” de suas imagens, “uma reiteração dos signos de limitação humana”.
Professor de filosofia na PUC-Rio, Rodrigo Nunes discute no vídeo abaixo o impacto da pandemia de covid-19 na política brasileira
Por que, afinal, um povo submete-se a um tirano? A questão, de triste atualidade, é um leitmotiv da História, de seus momentos mais sinistros, e teve em William Shakespeare um de seus mais finos formuladores. A hipótese é de Stephen Greenblatt em “O tirano segundo Shakespeare”, publicado na serrote #31, em março de 2019.


O historiador inglês analisa em paralelo os movimentos que levaram à criação da União Soviética e à República Popular da China. Para ele, o exame das matrizes ideológicas combinadas com as políticas de Estado ajudam a contextualizar a derrocada de uma e a prosperidade da outra.
Há nove anos o sociólogo Richard Sennett advertia que “em meio a eventos traumáticos, como uma guerra civil” é impossível realizar um movimento fundamental para sustentar os valores humanistas: tomar distância do imediato para refletir sobre o papel daquela experiência na narrativa de sua própria vida. Nos imprevisíveis tempos de covid, esta narrativa é a primeira a ser fraturada. E sua fragilidade pode abalar alguns dos princípios fundamentais da vida em sociedade.
Sem os esforços idealistas, incansáveis e patrióticos dos norte-americanos negros, a democracia dos EUA seria bem diferente, e talvez nem fosse uma democracia, escreve a jornalista Nikole Hannah-Jones neste ensaio, publicado na serrote 34


A edição 34 apresenta textos de dois convidados do Festival Serrote 2020, o filósofo Jason Stanley, autor do livro Como funciona o fascismo e uma dos principais vozes no debate sobre a ascensão global da extrema-direita, e a jornalista Nikole Hannah-Jones, tratando das inúmeras contribuições dos norte-americanos negros para a consolidação da democracia no país.
Ainda na serrote 34: Rodrigo Nunes investiga a ideia de “polarização” na política brasileira; Anne Carson busca na Grécia Antiga as origens do silenciamento de vozes femininas; Tiago Ferro lê um romance de Chico Buarque à luz do Brasil de 2020; Javier Marías discute como contar uma história; Maria Esther Maciel abre seu dicionário de Marias; e muito mais.

Neste verbete publicado na serrote #27, o historiador Luiz Antonio Simas investiga as origens e a potência da palavra “macumba”, ainda vista com preconceito em um país estruturalmente racista.
Da Alemanha nazista ao Brasil de hoje, o ressentimento impulsiona forças políticas reacionárias e violentas, escreve a psicanalista Maria Rita Kehl neste ensaio publicado na seção especial “9 perguntas para o Brasil de hoje”, da serrote 33
Na seção, intelectuais como Luiz Eduardo Soares, Milton Hatoum e Aparecida Vilaça refletem sobre questões cruciais no país, da proliferação da violência ao silêncio dos escritores diante do autoritarismo.


A serrote 33 traz a seção especial “9 perguntas para o Brasil de hoje”, na qual nove intelectuais – como Milton Hatoum, Maria Rita Kehl e Luiz Eduardo Soares – refletem sobre questões cruciais no país, da proliferação da violência ao silêncio dos escritores diante do autoritarismo. Esta edição apresenta também um trecho do novo livro do filósofo Georges Didi-Huberman, que discute levantes populares no passado e no presente. E um ensaio da escritora Claudia Rankine sobre suas tentativas de questionar homens brancos sobre seus privilégios. E ainda: as cartas de Hannah Arendt e Gershom Scholem sobre a banalidade do mal; um diário de viagem de Virginia Woolf; um manifesto de Lucía Lijtmaer em defesa do direito de protestar; uma viagem pela saga de Canudos por Hélio de Seixas Guimarães e Carlos Augusto Calil; e muito mais.

Onipresentes, as imagens de Fukushima, Mariana ou Brumadinho nos fazem ver até o que não gostaríamos e põem em xeque o lugar do romance realista nos dias de hoje

A serrote 32 apresenta um ensaio da americana Toni Morrison, ganhadora do Nobel de Literatura. Em “Racismo e fascismo”, Morrison alerta sobre o avanço do ódio e do autoritarismo na vida política de um país. Também nesta edição, Paul B. Preciado e Virginie Despentes discutem o legado de Simone de Beauvoir. Adrienne Rich examina sua relação com a maternidade. Daniel Galera reflete sobre os desafios de um escritor diante das catástrofes climáticas. Camila von Holdefer analisa uma galeria de personagens femininas da literatura. E ainda: um poema-ensaio de Marília Garcia; uma defesa do radicalismo iluminista por Marina Garcés; uma viagem pelas mesas dos escritores com Juan Villoro; e muito mais.

A utopia da livre circulação entre os países é hoje solapada pelo reforço das restrições de movimento que reproduzem e intensificam a vulnerabilidade de grupos estigmatizados e mais marcados racialmente.

Do abismo entre o país desejado e o vivido, nasce um esboço incompleto que é documento eloquente de uma derrota histórica e existencial
A serrote 31 apresenta o texto integral de dois livros inéditos no Brasil. Em “O toldo vermelho de Bolonha”, o escritor e crítico inglês John Berger faz uma viagem sentimental pela história e a cultura da cidade italiana. Já em “O homem – com variações”, o jornalista americano Joseph Mitchell narra o nascimento da antropologia moderna nos EUA, nos anos 1930, e os embates de antropólogos com a ideologia nazista. Além disso, a edição traz um ensaio de um dos maiores especialistas na obra de William Shakespeare, o americano Stephen Greenblatt, que mostra como o Bardo representou os tiranos de seu tempo. E uma conferência do filósofo camaronês Achille Mbembe sobre a utopia de um mundo sem fronteiras. E ainda: ensaios de Heloisa M. Starling, Fred Coelho, Paulo Roberto Pires, Christy Wampole e Phillip Lopate, um ensaio visual de Rosana Paulino, e muito mais.


Excluídas da história oficial, as mulheres fazem do ato de contar a própria trajetória uma forma de resistência. Neste ensaio, publicado na serrote #30, a filósofa Carla Rodrigues enlaça as várias linhas dos movimentos feministas no país nas últimas décadas

Fóruns da internet brasileira são o berço de uma geração de jovens reacionários e misóginos, cooptados pela pregação online de gurus como Olavo de Carvalho, escreve Daniel Salgado em ensaio pessoal publicado na serrote 30. No texto, ele conta sua passagem por um movimento que, nascido nas profundezas da rede, hoje ocupa os holofotes da política nacional

Lançada em 2009, a revista serrote comemora 10 anos com uma edição especial. Na serrote 30, Philip Roth revisita os últimos anos de Kafka e imagina o exílio do escritor tcheco nos EUA. Henry Louis Gates Jr. mergulha na vida de um escritor negro que tentou escapar da própria identidade. Simone Weil reflete sobre as consequências do uso da força. Claudio Magris investiga o papel do segredo na política, na literatura e no amor. César Aira escreve um ensaio sobre o ensaio. E mais: um ensaio visual de Luiz Zerbini; uma história dos feminismos no Brasil traçada por Carla Rodrigues; a busca de Joca Reiners Terron pelos papeis e as obsessões de Valêncio Xavier; uma viagem de Eucanaã Ferraz pela estética do artifício nos anos 1960, passando por Drummond, Hitchcock e motéis americanos.
Compre a serrote 30 na Loja do IMS
Tendo nascido em movimentos de esquerda como comentário irônico a autocrítico, o “politicamente correto” foi cooptado pela direita e de alguma forma abriu caminho governos populistas e antidemocráticos em todo o mundo.


Eu seu verbete da seção especial em que seis intelectuais brasileiros refletem sobre figuras centrais da política nacional, Heloisa M. Starling analisa a interferência dos militares na política ao longo da história brasileira.
Eu seu verbete da seção especial em que seis intelectuais brasileiros refletem sobre figuras centrais da política nacional, Luiz Felipe de Alencastro defende que “os cargos de vice devem ser extintos”.


Distribuída gratuitamente em Paraty durante a FLIP 18, essa edição especial da revista serrote apresenta uma série de fotografias inéditas de Hilda Hilst e da Casa do Sol, acompanhadas por um ensaio do escritor Joca Reiners Terron sobre a autora homenageada. A edição está disponível abaixo para leitura gratuita no site.

A serrote 29 conta com uma seção especial em que seis intelectuais brasileiros refletem sobre figuras centrais da política nacional. “Pequeno dicionário de grandes personagens da República” reúne verbetes escritos por Renato Lessa (Candidato), Noemi Jaffe (Eleitora), Heloisa Murgel Starling (General), Mário Magalhães (Jornalista), Conrado Hübner Mendes (Juiz) e Luiz Felipe de Alencastro (Vice).
A revista traz também textos sobre as origens do termo “politicamente correto”, por Moira Weigel, e sobre o sexismo refletido na história da boneca Barbie, por Jill Lepore. E ainda ensaios do crítico de cinema A.O. Scott, da pensadora feminista Audre Lorde, do ensaísta Carlos Monsiváis, e muito mais.

Na onda de conservadorismo, a xenofobia obriga o país a decidir se continua recebendo imigrantes a contragosto ou adota um projeto de abertura e acolhida
As virtudes superlativas do mais célebre arquiteto brasileiro repetem-se como paródia quando ele mesmo decide servir à monumentalidade de qualquer poder.


A serrote 28 apresenta um ensaio do filósofo francês Jacques Rancière sobre Guimarães Rosa e uma reflexão do escritor americano Jonathan Franzen sobre os dilemas do ensaísta em tempos sombrios. A revista traz um especial sobre os 50 anos dos levantes de 1968, com textos clássicos de Stephen Spender, sobre as revoltas de maio em Paris, e Joan Didion, sobre o movimento hippie na Califórnia. Claudia Rankine expõe a violência racista no cotidiano; Francesco Perrotta-Bosch critica a obra tardia de Oscar Niemeyer; Pedro Meira Monteiro analisa a relação dos artistas brasileiros com a precariedade social do país; e muito mais.

O combate ao fascismo hoje começa pela capacidade de reconhecê-lo, como ensina a dura experiência da Europa no período entre as duas guerras mundiais.

A serrote 27 apresenta “Cinco lições de história para antifascistas”, de Mark Bray, e um perfil clássico de Ernest Hemingway escrito por Lillian Ross. A revista traz ainda o ensaio “Contra os filhos”, de Lina Meruane, uma conferência de Javier Cercas sobre literatura, e uma seleção de resenhas de Wislawa Szymborska, entre outros textos.
Retirar-se da cidade é, para toda uma linhagem de poetas, mais do que afrontar os excessos de civilização: o que nasce no campo é um outro “eu”, integrado e até diluído em seu entorno.


Autor de uma das mais celebradas e enigmáticas obras da poesia contemporânea, o americano John Ashbery morreu em 3 de setembro, aos 90 anos. A serrote 21 publicou o poema em prosa “Cuidado com o que você deseja,” de um de seus últimos livros (Breezeway, 2015), em tradução de Paulo Henriques Britto.

No lançamento da serrote 26, o escritor francês Patrick Deville, autor de obras como Viva! e Peste e cólera, participou de uma conversa com o editor Paulo Roberto Pires.
O evento aconteceu no IMS Rio, em 1º de agosto de 2017, e está registrado na íntegra neste vídeo.

Em 1951, James Baldwin foi o primeiro negro a botar os pés em Leukerbad. No vilarejo suíço, que vivia alheio à luta pelos direitos civis, encontrou um espelho do racismo disseminado pelo mundo e, sobretudo, do combate contra o preconceito travado nos Estados Unidos. Sua passagem pelo balneário dos Alpes resultou em “O estranho no vilarejo”, ensaio hoje clássico que a serrote 26 publicou pela primeira vez no Brasil. O texto serviu de bússola a Teju Cole, que refez a viagem decisiva de Baldwin para escrever “Um corpo negro”, incluído na mesma edição. Seis décadas depois, o mundo, como constatara o autor de Notas de um filho desta terra, jamais voltaria a ser branco.

Todos os anos, desde 2009, a serrote prepara uma edição especial para a Festa Literária Internacional de Paraty. Distribuída gratuitamente durante a Flip, a serrotinha traz material em torno do autor homenageado do evento, textos de escritores convidados, amostras do acervo do IMS e muito mais. Confira nesta página alguns dos números já publicados.

Lima Barreto é o destaque da edição especial da revista serrote para a 15ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que teve o autor carioca como homenageado. A edição especial foi distribuída gratuitamente em Paraty durante a Flip, que aconteceu de 26 a 30 de julho, e agora está disponível no site da serrote.
Convidado da Flip, o escritor francês Patrick Deville participa de debate no lançamento da serrote 26 no IMS Rio, dia 1º de agosto, às 20h


A serrote 26 traz um ensaio clássico de James Baldwin sobre racismo, publicado pela primeira vez no Brasil, e um relato de Teju Cole sobre uma viagem inspirada em Baldwin. Além disso, a revista apresenta um trecho do novo livro da mexicana Valeria Luiselli e ensaios de Patrick Deville, Leonardo Fróes e Fredric Jameson, entre outros.

A história do meu cabelo crespo intersecta a história de pelo menos dois países e da relação entre continentes: uma geopolítica

Os Racionais MC’s são o ponto cego na inclusão do rap pela tradição da MPB, que já acolheu Emicida e Criolo
A sobreposição da política por valores morais divide o Brasil em guerras culturais que põem em questão conceitos básicos como família, educação e direitos humanos.


A serrote 25 traz um livro inédito de Ben Lerner, um trecho da nova biografia de Elizabeth Bishop, um ensaio visual de Daniel Jablonski e textos de George Steiner e Mark Lilla, entre outros.
Na quarta onda do feminismo, surfam jovens, negras, mulheres trans, lésbicas, prostitutas, intelectuais etc. – principalmente etc.


Pobre e desconhecido, expressando-se precariamente em castelhano, Witold Gombrowicz fez dos anos vividos em Buenos Aires um marco secreto na história da crítica cultural. Em seu diário e na conferência “Contra os poetas”, defende que literatura é, antes de tudo, um modo de ler, numa das grandes provocações artísticas contra a arte.

A serrote 24 traz ensaios que refletem sobre a história do pensamento reacionário, as ondas feministas e as novas formas de ativismo político, entre outros temas.

A crise da democracia e da representação impulsiona o ativismo de código aberto, que prescinde de lideranças explicitamente identificadas ou estruturadas.

Enquanto o mercado e a academia escrevem a favor de suas convenções, a literatura de esquerda suspeita de toda convenção, inclusive as próprias.
No limite entre invenção e impostura, a escrita não criativa de Kenneth Goldsmith quer repetir no universo do texto o que Marcel Duchamp fez no mundo da arte.


No cinema brasileiro dos anos 1960, o político e o social desfocavam a família, que nas produções do final dos 1990 assume o protagonismo, encarnando nos indivíduos os dramas do coletivo.

Quando eleição é sinônimo de captura de voto por predadores políticos profissionais, convém rever as origens do recipiente que é o coração da política.
Lá estava eu em Santa Cruz de Mompox, cidade no meio da Colômbia que muitos colombianos não conhecem e que, diz-se, vive parada no tempo.


A convite da serrote, quatro importantes intelectuais brasileiros escrevem sobre o atual momento político do país, reunidos na série “Retratos do Brasil. A edição conta ainda com um ensaio visual de Wilma Martins e textos de Jean-Paul Sartre, Leonardo Villa-Forte, Emmanuel Carrère e muito mais.

Aqui, na íntegra, a serrote #23½, com textos de Alice Sant’Anna, Jean Renoir e Robert Louis Stevenson. Já tradicional na programação da Casa do IMS na Festa Literária Internacional de Paraty, a “serrotinha” foi distribuída gratuitamente durante a edição de 2016, que homenageou a poeta Ana Cristina Cesar.

Caderno de Ana Cristina Cesar mostra os bastidores da criação de A teus pés, uma complexa operação de citações e apropriações de música e poesia. Este texto integra a serrote #23 ½, lançada na FLIP 2016, que tem a poeta como autora homenageada.
Certamente os estrangeiros que vêm a Santo Stefano o fazem para, como eu, ver a casa onde nasceu Pavese, que ao fim e ao cabo é um lugar bastante sem graça: nesta cama o poeta nasceu, o guia me diz, e não há muito mais a imaginar além do pequeno Cesare chorando feito um condenado.


De como uma geração de ingleses recriou no século 18 a forma inventada por Montaigne, aplicando a liberdade de julgamento à vida cotidiana, promovendo o encontro entre o filósofo e o fofoqueiro.

A serrote 22 publicou na íntegra o livro “Catarata”, do escritor John Berger (1926). Lançada em 2011, a obra traz fragmentos sobre a operação que o autor fez nos dois olhos, com ilustrações do artista turco Selçuk Demirel (1954). A edição traz ainda ensaios sobre viagens de autoria de Joseph Brodsky, Alejandro Zambra e Paulo Roberto Pires, e textos de Laura Erber, Lucia Miguel Pereira e muito mais.

A loucura e o rancor, atenuados ou apagados nas fotografias oficiais do escritor, interpelam a literatura e a História nas imagens finais de uma iconografia pessoal esparsa e perturbadora.
Esta edição conta com um texto inédito do filósofo francês Roland Barthes (1915-1980) sobre um clássico de Gustave Flaubert, um ensaio de Beatriz Resende sobre Lima Barreto e um ensaio visual de Walter Carvalho, além de textos de Emmanuel Carrère, Ricardo Piglia e muito mais.


Raízes do Brasil só ganha as tintas progressistas que o consagraram na segunda edição, quando Sérgio Buarque de Holanda reavalia o papel da tradição e defende um caminho democrático.

Da revista Cinema Hoje, jamais publicada, restam anotações e o projeto de Amilcar de Castro, devaneio gráfico até hoje inédito e que virou obra de arte porque impedido de se reproduzir gutenberguianamente.

Por mais de 20 anos, Ribeiro Couto desafinou o coro de reverência a Mário de Andrade em uma troca de cartas de notável energia intelectual e inquietação pessoal.

A serrote 20 traz texto inédito de Sérgio Augusto (1942) sobre a revista nunca lançada Cinema Hoje, cujo projeto gráfico era assinado por um dos maiores artistas brasileiros, Amilcar de Castro (1920-2002). Outro destaque é a série de entrevistas feitas pela jornalista americana Lillian Ross (1926) com François Truffaut (1932-1984) entre 1960 e 1976. Também nessa edição, o ensaio “40 nego bom é 1 real”, obra de Jonathas de Andrade concebida para as paredes de galerias e museus e que, assim repaginada, desdobra de outra forma a dura crítica do artista alagoano aos clichês ideológicos e estéticos que historicamente se sobrepõem ao Nordeste do país.Ainda: ensaios de Adolfo Bioy Casares, Roxane Gay, Elvia Bezerra e muito mais.

O choque da imagem se tornou o foco de um regime de atenção global, que embota a percepção justamente por uma contínua excitação, um contínuo despertar.
No longa Miami Vice, o diretor Michael Mann explora nas imagens os contrastes entre dia e noite, controle e descontrole, organização e caos, criando um território narrativo nebuloso onde a causa parece desconectada do efeito.


Hiperconexão, debate nas redes, bombardeio de imagens: os ensaios dessa edição da revista serrote procuram entender o presente em cima do lance. Textos de Christoph Türcke, John Jeremiah Sullivan, Antônio Xerxenesky, Hito Steyerl, Francisco Bosco, Silviano Santiago e Michel Leiris, entre outros.
É menos na história que no conceito de “espaço-lixo” que está a chave para entender o Templo de Salomão erguido em São Paulo.

No mundo pós-Abu Ghraib, a difusão brutal de imagens extrapolou o sombrio prognóstico de Susan Sontag sobre o dano moral do exibicionismo.


Um dos destaques deste número é o ensaio “Viver bem é a melhor vingança”, do crítico de arte e colaborador da New Yorker Calvin Tomkins. Michael Ignatieff conta a história do homem que dedicou sua vida para fazer do extermínio um crime internacional, após perder sua família no campo de concentração. No ensaio visual, aquarelas do artista plástico Tunga. E muito mais.

Filósofo Ruy Fausto vê nas manifestações de Junho de 2013 sinais de “uma esquerda nova”, com posturas “radicais, no melhor sentido”.

Em sua atmosfera absurda, no seu enfrentar corajoso do bom senso e do ridículo, há na banda uma inegável passagem do cabotinismo ao lirismo.
Vítima do exotismo e enredada no olhar multicultural, a América Latina continua sob o risco de ser representada como um parque temático.

A edição 17 da revista serrote traz textos de Alain Badiou, Janet Malcolm, Juan Villoro, Anne Carson, James Wood e Ana Almeida, entre outros.

O autor dos Ensaios escreve a seu pai para narrar os últimos momentos do filósofo que o inspirou nas reflexões de Sobre a amizade.
A pintura flamenga está no centro da discussão que passa por Burckhardt, Huizinga e Panofsky sobre a origem da grande arte do século 15.
Terreno intermediário entre a criação e a convicção, o ensaio é uma peça de realidade em prosa que não perde de vista a poesia.
Nem sempre conservadora, a ideia de pertencimento a passados distantes pode ser base de uma crítica radical aos valores contemporâneos.

Neste número, a publicação traz um ensaio de anotações visuais feitas por Antonio Dias, em Paris, durante a década de 1960. Em “A imagem persistente”, Martin Scorsese afirma que a luz, a metáfora da criação e a ação recriada fazem da linguagem do cinema uma interrogação sobre quem e o que somos. E ainda: textos de André Antônio Barbosa, Jacques Rancière, Lorenzo Mammì e muito mais.

O fascínio de John Cage pelo vão do Masp é uma chave privilegiada para entender a complexidade e o alcance do pensamento de Lina Bo Bardi.

A 15º edição da serrote traz o caderno especial “Retrato da rua”, com três verbetes-ensaios escritos por intelectuais que aceitaram analisar, no calor do momento, os protestos que varreram o país. “Revolta”, por Carla Rodrigues, “Repressão”, por Tales Ab’Sáber, e “Radicalismo”, por Ruy Fausto. A essas três vozes, somam-se as vozes da imprensa, dos cartazes e das palavras de ordem, compiladas pelo jornalista Paulo Werneck. Também nesta edição, o ensaio vencedor do 2º prêmio de ensaísmo serrote, “A arquitetura dos intervalos”, de Francesco Perrotta-Bosch, e textos de Alejandro Zambra, Milton Hatoum, James Baldwin e muito mais.

A 14ª edição da serrote traz ensaios visuais de Paulo Pasta e Laura Erber, e textos de Alexandre Eulalio, Richard Sennet, Jonathan Littell, Joseph Mitchell e muito mais.
A 13ª edição da serrote traz 12 capas de livros produzidas por Eugênio Hirsch (1923-2001) e um texto inédito de Paulo Rónai (1907-1992) sobre Honoré de Balzac. E mais: Adriana Varejão, Georges Didi-Huberman, Colm Tóibín, Fredric Jameson, Emilio Fraia, Kenneth Goldsmith, entre outros.


A 12ª edição da serrote traz o ensaio visual de Lynd Ward de 16 xilogravuras que contém o capítulo “O retrato”, publicado no livro Gods’ Man: A Novel in Woodcuts (1929), presente nesta edição da revista. Robert Warshow, um dos mais influentes e menos conhecidos críticos culturais americanos do século 20, apresenta seu clássico “O gângster como herói trágico”; o poeta e ensaísta americano Wayne Koestenbaum enumera todo e qualquer tipo de humilhação; desenhos de Louise Bourgeois ilustram as impiedosas constatações; o professor de literatura em Princeton Pedro Meira Monteiro disseca a polêmica entre Caetano Veloso e Roberto Schwarz – obras de Cildo Meireles da série Inserções em circuitos ideológicos acompanham o texto. Ainda: Witold Gombrowicz, Lars Iyer, Jonathan Lethem e muito mais.

Duas cartas inéditas de Carlos Drummond de Andrade para Francisco Iglesias, encontradas no acervo do IMS, são o mote para o texto de Elvia Bezerra sobre a relação do autor homenageado da Flip 2012 com sua terra natal, Minas Gerais. A edição apresenta também autorretratos da artista inglesa Bobby Baker, um texto de Joseph Epstein sobre a fofoca e um diário de Rodrigo Fresán sobre a laboriosa mudança de sua biblioteca.

Esta edição traz um ensaio exclusivo do colombiano Héctor Abad; um perfil da escritora Marguerite Duras escrito pelo espanhol Enrique Vila-Matas; um ensaio de Brian Boyd sobre as afinidades de Vladimir Nabokov (1899-1977) e Machado de Assis (1839-1908), desconhecidas por ambos, e mais.

A décima edição da serrote traz a publicação de uma breve antologia da letra D (de dez), com Armando Freitas Filho, Francisco Alvim, Giorgio Agamben e Luciano Canfora. A publicação também traz o arquiteto e historiador argentino Adrián Gorelik, que descreve como a construção de Brasília gerou uma expectativa frustrada logo no momento de sua realização, e uma lista de privilégios escrita em forma de tratado por Stendhal (1783-1842), dois anos antes de morrer.

A nona edição da revista traz o ensaio “Desarticulações”, um texto pessoal da ensaísta argentina radicada nos eua Sylvia Molloy, em que ela descreve a progressão do Alzheimer de sua ex-companheira. Também: desenhos de Edward Gorey, um relato de Bernardo Carvalho sobre o ateliê interdisciplinar proposto por Olafur Eliasson em Berlim e textos de Cynthia Ozick, Carla Rodrigues, William Faulkner e muito mais.

A serrotinha estreou na Flip 2009 revelando duas fotos inéditas de Manuel Bandeira, homenageado do evento, feitas em Minas Gerais pelo argentino Horacio Coppola. A revista trouxe ainda uma seleção de textos breves de um mestre do ensaio, o americano E. B. White, e um artigo de Rafael Cardoso sobre antigas edições populares de José de Alencar, parte do acervo de José Ramos Tinhorão sob guarda do IMS.

Em diários inéditos, sob guarda do IMS, Paulo Mendes Campos registra suas viagens por União Soviética, China e Polônia. O escritor espanhol Javier Marías repassa sua relação de amor e ódio com O Gattopardo, de Lampedusa. E dois ensaios visuais completam a edição: um com pinturas de Elizabeth Bishop e outro com retratos de escritores feitos por Roberto de Vicq de Cumptich usando apenas as letras de seus nomes.
A segunda edição da serrotinha resgatou a transcrição de um encontro entre Jorge Luis Borges e Vinicius de Moraes, em Buenos Aires, em 1975. Eucanaã Ferraz apresentou poemas do sociólogo Gilberto Freyre, homenageado da Flip 2010. A revista publicou também um ensaio de Edith Warton, “O vício da leitura”, e uma seleção de fotopinturas tradicionais do Nordeste.


No mês em que João Gilberto completou 80 anos, a oitava edição da revista trouxe um perfil inédito do cantor escrito pelo jornalista alemão Marc Fischer. Mais: Alex Ross, Orhan Pamuk, Gesualdo Bufalino, Raul Pompéia, Lydia Davis, Phillip Lopate, Mies van der Rohe e Armando Freitas Filho.
Este vídeo ilustra o conteúdo da oitava edição.
Ao contar uma história de amor com recursos interativos, o videogame Prince of Persia é um exemplo de narrativa procedimental que nos mostra o que há de único na linguagem dos jogos eletrônicos.
Essa edição conta com entrevista do escritor americano Jonathan Franzen concedida à The Paris Review na época do lançamento de seu romance Liberdade, acompanhada de imagens do americano Gregory Crewdson feitas no início de sua carreira e publicadas no livro Early Work (1986-1988). Também: ensaio fotográfico de Edu Marin, que viajou para a região serrana fluminense uma semana depois das enchentes em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, e textos de Beatriz Sarlo, Arthur Dapieve, Geoff Dyer e muito mais.


A sexta edição da revista serrote trouxe ao leitor três opções de capa com colagens em papel do jovem artista paulista Felipe Cohen e um amplo e pouco conhecido portfólio da artista gráfica brasileira Bea Feitler. E textos de Alberto Manguel, Roberto Bolaño, Marcos Nobre, Ronaldo Brito e muito mais.
A quinta edição da serrote traz o trabalho do artista sul-africano William Kentridge e um conjunto de ilustrações da artista gráfica Maira Kalman. Ainda: um ensaio do romancista israelense David Grossman sobre o artista polonês Bruno Schulz e textos de Graham Greene, Robert Walser, Antonio Cícero, Natalia Ginzburg, Perry Anderson e muito mais.


Um ensaio sobre Coney Island, praia próxima a Nova York que reunia a maior densidade humana por centímetro de areia do planeta, escrito por Guilherme Wisnik e Heloisa Lupinacci, é ilustrado com fotos de Walker Evans e Weegee. A revista traz também um ensaio do escritor Daniel Galera sobre o videogame Prince of Persia; as relações entre o cinema e a pintura, em ensaio escrito pelo crítico e escritor inglês John Berger; um texto do historiador Evaldo Cabral de Mello sobre a participação do padre Antônio Vieira nas negociações de Portugal para dar fim ao domínio dos Países Baixos em Pernambuco, e muito mais.

Um texto raro do pensador e crítico francês Roland Barthes sobre esportes faz parte da terceira edição da serrote. Também estão nesta edição fotos feitas em 1964 para o documentário Subterrâneos do futebol, com direção de Maurice Capovilla e produção e direção de fotografia de Thomaz Farkas, e a entrevista concedida pelo escritor Julio Cortázar a Antonio Trilla, em 1983, sobre sua paixão pelo boxe e pelo jazz. E mais: Freeman Dyson, Virginia Woolf, Angela Alonso e Samuel Titan Jr., entre outros.

A segunda edição da revista serrote traz um caderno de 16 páginas com desenhos e pinturas, em nanquim, carvão e guache sobre papel, de Philip Guston, artista americano influenciado pelas histórias em quadrinhos. O pintor Paulo Pasta selecionou os trabalhos e, em um ensaio introdutório, fala de sua transição do abstracionismo à figuração e à simplificação gráfica. Mais: James Agee, Alexander Calder, Antonio Candido, Ricardo Piglia, Raymond Carver, Gore Vidal, John Updike, José Miguel Wisnik e Enrique Vila-Matas.

Publicada em março de 2009, a edição #1 tem como destaque a carta inédita de Mário de Andrade para Otto Lara Resende, falando de seu encontro, em 1944, com a nova geração de escritores mineiros. Traz também a série de retratos que Marcel Gautherot, grande fotógrafo francês radicado no Brasil, fez do artista José Pancetti, um dos nomes mais importantes da pintura brasileira. Modesto Carone, o melhor tradutor brasileiro de Franz Kafka, verteu pela primeira vez para o português os 109 aforismos que o escritor de Praga reviu à mão e organizou, mas não chegou a publicar em vida. Mais: Nuno Ramos, Francisco Alvim, Saul Steinberg, Alberto Dines, Carlo Ginzburg, Tostão e Antonio Cícero.