Nessa entrevista, Rodrigo Nunes analisa a radicalização do governo Bolsonaro, o posicionamento da imprensa durante a crise e os ativismos possíveis em tempos de quarentena: “Se as condições atuais obrigam a maioria da população a escolher entre se proteger do vírus ou proteger o emprego, o que está errado são as condições atuais”, diz Nunes.
A conversa parte de questões abordadas por Nunes no ensaio “Todo lado tem dois lados: sobre a ideia de ‘polarização'”, publicado na serrote #34, em março de 2020. No texto, Nunes rastreia as origens do termo “polarização” no debate político dos EUA e sua distorção no cenário brasileiro desde as manifestações de 2013, passando pelo impeachment de Dilma Rousseff e pela eleição de Jair Bolsonaro. O que acontece no país não é uma disputa entre dois polos simétricos, ele avalia: “Foi a direita que mudou o centro de lugar”.
Este material é parte da série #IMSquarentena, com ensaios do acervo, colaborações inéditas e uma seleção de textos que ajudem a refletir sobre o mundo em tempos de pandemia.