serrote #8, julho 2011
Hô-bá-lá-lá
MARC FISCHER
Um japonês me transmitiu o vírus. Toshimitsu Aono.
Foi há 15 anos. Eu tinha viajado a Tóquio com um amigo, na tentativa de esquecer alguém. Não deu certo: a estranheza de Tóquio me fazia pensar nela ainda mais.
Em algum momento, topei com Toshimitsu. Naquela época, ele editava uma daquelas revistas então consideradas modernas, cheias de tênis e fotos pornô de Terry Richardson. Uma noite, tomando cerveja na casa dele, no bairro de Harajuku, me chamou a atenção uma pequena instalação que ele havia montado em cima da estante de livros, cDs e discos. Era uma espécie de relicário, composto de alguns recortes de jornal, compactos de vinil envoltos em papel branco, duas ou três fotos, o famoso gato japonês a acenar e uma vela.
[Leia este texto na íntegra na serrote #8.]