serrote #8, julho 2011
Escuta só: atravessando a fronteira do clássico para o pop
ALEX ROSS
Eu odeio “música clássica”: não a coisa, mas o nome. Ela aprisiona uma arte tenazmente viva num parque temático do passado. Elimina a possibilidade de que música com o espírito de Beethoven ainda possa ser criada hoje. Condena ao limbo a obra de milhares de compositores ativos que precisam explicar a pessoas normalmente bem informadas o que fazem para ganhar a vida. Essa expressão é uma obra-prima de publicidade negativa, um tour de force de antipropaganda. Eu gostaria que houvesse outro nome. Invejo o pessoal do jazz, que fala simplesmente de “a música”. Alguns fãs de jazz também chamam sua arte de “música clássica dos Estados Unidos”, e eu proponho uma troca: eles podem ficar com o “clássica”, eu ficarei com a “música”.
[Leia este texto na íntegra na serrote #8.]